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O Sistema Solar move-se em espiral pela nossa galáxia? 

O modelo heliocêntrico é o modelo adotado pela ciência para explicar o movimento do Sistema Solar. Basicamente tem três caraterísticas:

- O Sol é o centro do Sistema Solar.

- A Terra gira em torno do Sol.

- Todos os outros planetas, bem como a cintura de asteroides entre Marte e Júpiter e a Nuvem de Oort, a grande concentração de cometas que existe nos confins do Sistema Solar, também giram em torno do Sol.


Originalmente, o heliocentrismo era uma teoria, mas ao longo dos últimos séculos foram apresentadas provas empíricas suficientes para provar que o heliocentrismo é um facto.

Mas na perspetiva da Macrobiótica há uma visão diferente. Como explica Joaquim Reis no artigo “Opostos e Complementares (4)” deste Blog (ver na secção Yin-Yang), quando observamos a uma escala mais alargada a Terra, o Sistema Solar, a Via Láctea, “existem uma série de formas, estruturas e relações que ocorrem recorrentemente na Natureza e no Universo que são o resultado de um jogo de interação” entre as forças opostas e complementares Yin e Yang “presentes e evidentes em todo o mundo material, em todo o Universo”. Tipicamente “estas formas são arredondadas, aparentemente círculos e elipses, mas na realidade espirais ou variantes dela, como formas helicoidais”.   

Esta constatação leva a que o modelo helicoidal do Sistema Solar faça, aparentemente, mais sentido. O holandês conhecido por DjSadhu, produtor musical independente, artista de vídeo e investigador, tem ilustrado este modelo de uma forma muito elegante e dinâmica (ver vídeo em https://www.youtube.com/watch?v=0jHsq36_NTU). Eis algumas imagens :

O modelo helicoidal afirma que o Sistema Solar se move pela nossa galáxia, a Via Láctea, de uma forma que se assemelha a um vórtice, com o Sol no centro e os planetas atrás dele. Um vórtice é o remoinho oco criado pelo fluxo de um fluido nos vários estados físicos da matéria - gasoso, líquido, plasma ou sólido plástico. Ou seja, é um conjunto de movimentos espirais à volta de um centro de rotação.

Há três aspetos a considerar neste modelo para a compreensão do funcionamento do Sistema Solar:

- Movimento através do espaço - O modelo helicoidal sugere que à medida que o Sistema Solar se move através da Via Láctea, os planetas não só orbitam o Sol num plano, mas também se movem juntamente com o Sol num percurso helicoidal. Assim, todo o Sistema Solar está a orbitar o centro da Via Láctea.

- Posição do Sol - Embora o Sol pareça ser um ponto fixo da nossa perspetiva na Terra, na verdade está a mover-se pelo espaço. O Sol orbita o centro da Via Láctea a uma velocidade média de cerca de 230 quilómetros por segundo, completando uma órbita aproximadamente a cada 230 milhões de anos. No entanto, como as distâncias envolvidas são vastas e os movimentos são relativamente lentos na escala de tempo humana, percebemos o Sol como estacionário no Sistema Solar.

- Órbitas planetárias - Os planetas orbitam o Sol devido às forças gravitacionais. As suas órbitas são predominantemente elípticas, tal como descrito pelas leis do movimento planetário de Kepler. Estas órbitas estão confinadas a um plano conhecido como plano da eclíptica, que está ligeiramente inclinado em relação ao plano da Via Láctea.


Mas há uma polémica à volta desta visão, porque os defensores do modelo heliocêntrico dizem que o modelo helicoidal faria previsões que não correspondem às observações. Assim:

- As medições detalhadas das estrelas e galáxias circundantes mostram que o movimento do Sistema Solar através da Via Láctea não está alinhado com o plano do próprio Sistema Solar. Isto é conhecido pelos astrónomos há décadas.

- Os próprios planetas pareceriam permanentemente deslocados do plano da eclíptica. Embora o modelo helicoidal ainda previsse alinhamentos planetários, eles só aconteceriam quando estivessem perfeitamente alinhados com a Terra e o Sol. Mas estes alinhamentos têm sido observados há milénios.

- Nunca veríamos um planeta oculto pelo Sol, porque estaria sempre acima do plano da eclíptica. Mas observações da ocultação têm sido feitas há séculos.


Em próximos artigos voltaremos a esta polémica.

 

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© 2024 por Nuno Cesário

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