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Metade dos partos no SNS feita com intervenção instrumental ou cirúrgica



Cerca de 49,8% dos partos realizados no Serviço Nacional de Saúde (SNS) em 2022 foi efetuada com intervenção de instrumentos ou cirurgia, nomeadamente cesariana, revelam os últimos dados do Instituto Nacional de Estatística. E nos hospitais privados, quase 82% dos partos foram feitos por cesariana ou com o uso de fórceps ou ventosas, entre outros instrumentos.


Recorde-se que a taxa de cesarianas em Portugal é a sétima mais elevada da União Europeia, atingindo 32% no SNS e 66% nos hospitais privados, revelou em março uma reportagem da SIC Notícias. Em alguns destes hospitais a taxa chega aos 100%, porque simplesmente não fazem partos vaginais.


Na cesariana, o risco de infeção e de hemorragia é 11 vezes superior ao parto vaginal, há quatro vezes mais probabilidade de a mulher vir a precisar de uma transfusão sanguínea e o risco de morte da mãe é cinco vezes maior.


Também há diferenças para o bebé, que num parto normal, “ao passar pelo canal de parto, é obrigatoriamente esfregado no fluido vaginal, que está colonizado com inúmeras bactérias amigas, que em elevado número têm efeitos protetores contra a infeção e a alergia”, refere nessa reportagem Luís Pereira da Silva.


O neonatologista do Hospital Dona Estefânia, em Lisboa, explica que quando o bebé nasce por cesariana "há um hiato de mais ou menos 10 dias até ter a flora intestinal estabelecida, enquanto no parto vaginal isso acontece três dias depois." Esse período "em que fica privado dessa vantagem muda completamente a regulação imunitária e predispõe a asma".

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© 2024 por Nuno Cesário

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